

Durante a II Mostra Científica do Maranhão, realizada
Na terça, 18, enquanto divulgava o seu livro no estande da Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão), tive a oportunidade de conversar com a professora.
Com muita simpatia, Sandra falou sobre a “efervescência em torno do tema” Balaiada. O seu livro foca o cenário da luta: o sertão maranhense.
A Balaiada foi um movimento (1838-1841) que colocou, de um lado escravos e sertanejos pobres e, de outro, donos de escravos, latifundiários, grandes comerciantes, o governo da província e o governo federal.
Apesar de a Balaiada contar “em sua composição, com uma maioria de pessoas provenientes das camadas sociais mais humildes da população maranhense”, Sandra Regina lembra a “apropriação ideológica do movimento”: para defender seus interesses, os liberais utilizam a força da Balaiada. Contudo, quando o movimento se radicaliza, estes mesmos liberais apresentam-se como não tendo nenhuma afinidade com os balaios e colaboram com a repressão.
Esta apropriação ideológica dos movimentos populares e a traição aos seus ideias por parte de elementos vendidos às classes dominantes é uma das grandes lições da Balaiada, presentes em vários momentos das lutas de classes.
O livro pode ser adquirido com a própria autora, pelo e-mail: sandramoicana@yahoo.com.br
Sandra Regina é graduada em História pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), especialista