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sexta-feira, 6 de março de 2020

Eu queria ser mulher, mas me faltam os culhões


Eu queria ser mulher,
Mas me faltam os culhões
Para encarar os medos,
Enfrentar desilusões
E lidar com uns mal-amados
Que se supõem uns fodões.

São as pestes duns babacas
Que existem em todo lugar.
Praticam o desrespeito
E gostam só de mandar.
Não sabem eles que o amor
Não rima com maltratar?

São covardes e egoístas.
Só enxergam o próprio umbigo.
Não entendem que a beleza
De ser amante ou amigo
É sorrir pras coisas boas
Que as pessoas trazem consigo.

Em 2019,
Com tristeza, constatamos
Que aumentou o feminicídio.
São vidas que lamentamos.
1314
Mulheres por quem choramos.

Números só do Brasil.
Mas ocorre em todo o mundo
Essa violência banal,
Esse desprezo imundo.
Às meninas, às mulheres,
Nosso lamento profundo.

Mas não basta lamentar,
Tem que unir o feminino.
Dá uma tristeza, uma raiva,
Mulher assumindo o “destino”
De tolerar o machista
Patife, podre, assassino.

Então, se una, mulher,
À sua amiga, sua vizinha.
Não deixe outra igual
Ter que enfrentar sozinha
Um pseudomacho escroto
E sua “insegurançazinha”.

A nós, homens, cabe uma coisa
Extremamente importante:
Que é se juntar às mulheres
Nessa batalha gigante.
Gritar que, oposto ao machismo,
O amor será triunfante.

Acredito nessa luta,
E na educação do sentir.
Nem violências, nem mentiras
Conseguirão destruir
O afeto coletivo
De um mundo novo a surgir. 

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